Archive

Posts Tagged ‘Chegadas e partidas’

Volver

28 septembre 2010 Laisser un commentaire

Saí de Santiago quase como cheguei… longa viagem de metrô até Pajaritos seguida do ônibus Centropuerto até o aero.

No areoporto dentro das duas horas regulamentares, nem tinha o que fazer. A chuva da noite limpou um pouco o céu, e era possível ver umas nuvens interessantes.

Chau!

Catégories :on the road Étiquettes : ,

Deixando a Bolivia

21 septembre 2010 Laisser un commentaire

Se ainda necessitava de alguma confirmação da sorte que tivera nos últimos dois dias, a tive ali. O outro motorista quase não falava, e mesmo o sorriso do começo ia aos poucos desaparcendo. O carro era muito pior…
Ao chegarmos ao posto de fronteira, uma construção no meio da montanha, nem sinal do nosso transfer para San Pedro. Muita gente já esperava e nos informaram que nenhum ônibus tinha chegado, provavelmente algum atraso na fronteira chilena em razão da véspera do feriado da independência.
Alberto, nosso motorista, iniciou o movimento de descarregar as nossas mochilas com a intenção de nos deixar ali e partir imediatamente. Puxei ele de lado e esclareci no melhor espanhol que consegui e no meu tom de poucos amigos  que eu não o deixaria partir antes da chegada do nosso ônibus. Ele ainda tentou protestar, mas expliquei que ele era responsável pelo nosso transporte e que pouco me interessava se era outra companhia, pois Andes Salt tinha me vendido o ticket. Parecia óbvio que o pobre diabo era incapaz de tomar uma providência. Mal conseguia uma informação nesse lugar perdido, sem telefone ou rádio(!), e o pior, sem a menor iniciativa da sua parte para tentar saber a origem do problema e encontrar uma solução, como conseguir  acomodação para nós em algum dos outros ônibus que aos poucos iam chegando.
O tempo foi passando e finalmente, graças a inciativa de Noémie, que foi falar com um policial para pedir informações e tentar negociar a instalação de Julien, que estava muito fraco, dentro da cabine de polícia, conseguimos lugar em uma outra van, mediante pagamento de nova passagem. Com Julien doente e sem perspectiva da chegada do nosso tranporte, era isso ou voltar para Uyuni, pois parecia loucura ficar ali.
E assim, deixamos a Bolívia numa van que levava 5 outros brasileiros e dois Bolivianos.
Ah, como meu passaporte já tinha sido carimbado em Uyuni (cf Delinquente no dia 17 de setembro) com a saída , nem precisei olhar para os oficiais bolivianos.

Hasta la vista Bolivia! Próxima parada, Chile.

Dizer adeus é difícil

14 septembre 2010 Laisser un commentaire

Parti de Sucre com o coração apertado, sem me despedir de Fabby, que finalmente não foi ao almoço porque não estava bem. O que significa que eu almocei com os seus amigos, Arantzazu, Marion, Lucio, Sara, Maria Luisa, Riccardo, Laura e Ninosca, que amavelmente me convidaram, tendo me conhecido há dois dias apenas. Depois de um almoço fantástico, saí correndo da casa de Arantxa para pegar o ônibus.

a anfitriã Arantxa

Parecia que toda a cidade estava no terminal ou a caminho do terminal. Apenas uma flota ainda tinha lugares, no micro das 17h30.

Foi super engraçado, porque, como o terminal estava lotado, veio um policial me dizer para tomar cuidado com a minha mochila, e verificar bem que ela tinha sido colocada no ônibus, porque no dia anterior duas pessoas tinham tido a bagagem furtada.

Num momento de espera do ônibus, uma epifânia! Trago a prova da origem dos ônibus bolivianos… o que explica sua condição precária.

a javes chama isso de "prova"

Eu quero voltar a Sucre!

Dormi pelo menos 2h30 das 3h30 que durou o trajeto, em parte graças ao Dramin, mas com certeza a noite curta e bem regada também ajudou.

Cheguei em Potosi, no recém inaugurado Terminal, e tomei um taxi para o centro. Tinha pedido a indicação de um hostal a Arantzazu, mas quando cheguei era um hotel 3 estrelas. Quase dez da noite do domingo e sai pelas ruas de Potosí buscando um lugar para ficar… pedi indicações a um policial e completamente por acaso consegui chegar na Casona. Uma grande casa colonial, amarela, com aquecimento central e água quente, confortos muito apreciados no frio de Potosi. Além de conexao wi-fi (lenta como se pode imaginar, mas já incluída, youpiii)

escada da Casona

É,  a Villa Imperial  está a 4000 m. É difícil respirar, tem de se atentar para o soroche ( o mal da montanha).

Catégories :Bolivia, on the road Étiquettes : ,

Sucre

9 septembre 2010 4 commentaires

Até esta manhã , Sucre era a minha cidade boliviana preferida. Menos de três horas na cidade e ela já faz parte de uma categoria de lugares mágicos, o que me forçou a uma visita até o cyber mais próximo em tempo recorde para compartilhar…

Tudo bem, foram 18 horas na última fileira num ônibus vagabundo, apesar de « cama ». No assento da janela ao meu lado sentou uma moça simpática sem ser invasiva, que tinha a mesma intenção que eu: dormir durante todo o trajeto. Só não alcancei meu objetivo porque antes mesmo de deixarmos o perimetro urbano, sentou no corredor ao meu lado um tipo estranho e calado, que há muito necessitava de banho.

A viagem foi mais ou menos tranquila, embora o ônibus tenha apresentado uns problemas e parado algumas vezes. Tive a impressão que o motorista era adepto da « banguela  » e eu prefiro minha descida de serra sem emoção.

Numa das paradas, conversei com uma freira que trabalha no Beni (região que é o paraíso tropical boliviano) e que me informou que no sábado tem a festa da entrada da virgem de Guadalupe em Sucre. Comecei a pensar que fiz besteira em não reservar hotel.

Bom, desembarquei e fui até ao serviço de informações turísticas pegar um mapa. Decidi caminhar do terminal até a rua onde sabia ter uns alojamientos. Cheguei no Alojamiento La Plata (calle Ravelo), o mesmo onde ficamos em 2002, e o simpático Leo me informou que teria uma matrimonial para mim a partir das 15 h. Deixei a mochila e fui  direto comer meu tardio desayuno… as tão esperadas salteñas d’El Patio.

o patio da Salteñeria El Patio

Valeu a espera, porque o lugar é genial e as salteñas tão fantásticas quanto eu recordava.

sim, eu comi duas salteñas e um suco de lima

É preciso dizer ao noviço qué las salteñas se comen en la mañana, nunca pasado el mediodía.

Com o estômago cheio fui rever o o Museo Textil, que tem os tecidos mais lindos Jalq’a e Tarabuco.

Ao sair caminhado sem rumo pela rua, entrei na calle Avaroa… no outro lado da rua havia duas mulheres conversando em frente ao Instituto Goethe. Quando cruzo a rua, olho uma das mulheres e penso o quanto ela me lembra a Fabby, a boliviana que conheci no trem da morte em 2002. Chego mais perto e ela me olha e diz meu nome, entre pergunta e exclamaçao!!! Era ela, que passou 6 anos em Barcelona e voltou a Sucre em maio. Advogada, ela trabalha em uma universidade em um projeto sobre autonomia. Mostrou-me seu escritório na universidade e fomos tomar um sorvete… Mais tarde vamos a uma festa!

Fabby

Sucre promete.

Paceña es cerveza

6 septembre 2010 Laisser un commentaire

Bon, pas la peine de chercher un taxi pas arnaqueur à la gare routière de Corumbá , il y en a pas! C’est une vrai association de malfaiteurs. On demande R$30 (US17 env) pour un trajet de 8 km, de la gare jusqu’au contrôle frontière brésilien.

Je me suis arrêtée au contrôle pour faire une déclaration de sortie des biens pour l’ordi et l’appareil photo, histoire de ne pas me faire embrouiller  en rentrant au Brésil.

J’ai eu affaire à un rare spécimen…l’archétype du douanier con (est-ce un pléonasme?), qui regardait le formulaire comme s’il le voyait pour la toute première fois de sa vie… bon, ça se trouve c’était bien la première fois..

Deuxième constatation. Le poste de la police des frontières se trouve maintenant à la frontière… et non plus à la gare de Corumbá, ce qui est logique.  Mais il y a toujours un guichet à la gare, avec les heures d’ouverture… et pas de panneau pour indiquer le changement. On se moque bien des gens.

Bon, j’ai tout  de même réussi à passer sur le sol bolivien à pied , sans contrôle, donc sans payer quoi que ce soit aux policiers boliviens.

Je suis maintenant à Puerto Quijarro, dans une lan house pourrie devant la gare.

gare de Puerto Quijarro

Comme bruit de fond il y a un remixage d’une chanson des années 90  qui dit a kiss is still a kiss in Casablanca (je crois qu’à l’origine c’était Ace of Base, ou alors c’est Ace of Base mixé…). J’ai acheté le dernier billet disponible en classe pullman et mon train part bientôt.

Contre les exhortations de Neco j’ai fait un petit encas constitué d’une tasse de thé et deux empanadas.

CWB 9º

6 septembre 2010 2 commentaires

Domingo, 8h32 – Escala em Curitiba a caminho de Campo Grande. Capuccino de verdade e uma hora de espera.

Levantar às 04h00 para tomar um avião às 06h50 me lembrou as idas à Brasília no ano passado. Desta vez o voo era em Guarulhos.

Tomar o metrô num domingo às cinco da manhã  me fez sentir estrangeira. A mochila (14,8 kg!!!) e as calças caqui destoavam do visual noturno dos habitantes dos passageiros da linha vermelha. O breve percurso entre as estações Marechal Deodoro e República foi engraçado.

Em Campo Grande fui recebida de braços abertos por Patrícia e Maurílio, para um almoço de família. No fim da tarde fomos buscar uns ipês amarelos para fotografar… mas a conversa tinha durado tanto que já não havia luz…

Patrícia

Às 23h00  tomei o ônibus para Corumbá. É preciso dizer que a rodoviária de Campo Grande nao é mais a que conheci em 2002, e onde passamos sórdidos mas inesquecìveis momentos… toda uma noite a espera do ônibus para Brasiìlia, tomando caldo de piranha em um bar sinistro, com direito a desfile de peripatéticas e um exibicionista!!!!

Próxima parada: Corumbá.