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A descoberta de San Pedro
A primeira pessoa que conheci em San Pedro foi um australiano chamado Will, ruivo e dono de uns dreadlocks fantásticos. Bem, na verdade a segunda, se conto o recepcionista do Hostal La Florida, Maurìcio, um tipo louco por festa e que escutava umas cúmbias terríveis durante todo o dia. Depois de observar isso, fiquei com a certeza de que muita cumbia provoca dano (talvez irreversível) ao cérebro.
Encontrei Will na cozinha do hostal, quando ia esquentar água para fazer um chá. Ele me emprestou fogo e começamos a conversar, umas frases em inglês intercaladas com nosso péssimo espanhol. Isso é a maior, senão a única, vantagem dos hostels ( a conversa fácil, não o arremedo de espanhol). Além do preço barato, é claro. Na maioria das vezes compensa a ausência de conforto.
Um pouco mais tarde, estava na recepcão conversando com Noémie sobre o que visitar nos arredores de San Pedro quando o australiano nos convidou para ir ver o entardecer num lugar que tinha descoberto e que considerava o mais bonito de San Pedro e grátis. Noémie não quis ir, então saimos, Will, seus dois amigos chilenos, Nico e Tito, e eu.
Caminhamos um pouco e subimos num alto, passando por um córrego com umas eclusas e vimos o entardecer colorir o Vulcão Licancabur.
Não sei se era o mais bonito de San Pedro, mas era magnífico.