De Uyuni a San Pedro – segunda noite – continuação
A escolha do jantar provou-se pouco judiciosa. Já na noite anterior havia sinais que algumas pessoas estavam sofrendo um pouco com a altitude. Certo, alguns abusaram da festa local, mas os que não foram para a festa passaram mal. Julien e Janine tinham passado uma noite muito ruim.
Bem, depois do jantar de pasta, com a previsão de levantar às 4h00, depois de uma rápida observação da noite estrelada, fui-me esconder dentro do meu saco de dormir, enquanto um trio de alemães massacrava umas canções num karaokê exatamente na minha janela e meus colegas de quarto ficaram conversando.
Logo apagaram-se as luzes. Pouco tempo depois sou acordada com um ruído de panelas caindo no chão. Pensei imediatamente no aquecedor… e tinha razão. Julien tinha desmaiado, derrubando o aquecedor, que felizmente já estava apagado.
De Uyuni a San Pedro – a segunda noite
Se o hotel de sal oferecia todo o conforto que se poderia esperar, que digo, muito mais, do que se poderia esperar tendo em vista o explicado, o alojamento previsto para a segunda noite era sabidamente mais rústico.
Fomos avisados que não haveria possibilidade de ducha quente, logo no dia do trajeto mais poeirento, e também de que faria muito frio, donde a recomendação de aluguel de saco de dormir. Quanto ao saco, achei melhor me precaver e trazer o meu , que aguenta bem temperaturas negativas com algum conforto, mas não extremas.
Descobrimos no local, dentro do Parque Eduardo Avaroa e não muito distante da Laguna Colorada, que os viajantes de cada Jeep partilhariam um quarto, e que deveríamos levantar às 4h00 para ir ver os geysers!
Dormir todos no mesmo quarto já nem era um problema depois do confinamento do carro.
Entre o mate e o jantar, a turma resolveu fazer umas rodadas de Bullshit para descontrair.
Enquanto isso, eu fui descobrir os arredores do alojamento, na espera do pôr-do-sol e do jantar, já que tirar a poeira com outra coisa que os lencinhos de bebê parecia fora de cogitação. No fim das contas, ouvi dizer que havia a possibilidade de ducha, mas em condições tão precárias que só alguns chineses ousaram encarar.
Por alguma razão, se é que reside alguma nesse tipo de decisão, no jantar servido essa noite (sopa e macarronada), a organização resolveu servir vinho, embora o programa para o dia seguinte inlcuísse passagens com altitute superior a 5500m.
Continua