Archive

Posts Tagged ‘Polícia’

Deixando a Bolivia

21 septembre 2010 Laisser un commentaire

Se ainda necessitava de alguma confirmação da sorte que tivera nos últimos dois dias, a tive ali. O outro motorista quase não falava, e mesmo o sorriso do começo ia aos poucos desaparcendo. O carro era muito pior…
Ao chegarmos ao posto de fronteira, uma construção no meio da montanha, nem sinal do nosso transfer para San Pedro. Muita gente já esperava e nos informaram que nenhum ônibus tinha chegado, provavelmente algum atraso na fronteira chilena em razão da véspera do feriado da independência.
Alberto, nosso motorista, iniciou o movimento de descarregar as nossas mochilas com a intenção de nos deixar ali e partir imediatamente. Puxei ele de lado e esclareci no melhor espanhol que consegui e no meu tom de poucos amigos  que eu não o deixaria partir antes da chegada do nosso ônibus. Ele ainda tentou protestar, mas expliquei que ele era responsável pelo nosso transporte e que pouco me interessava se era outra companhia, pois Andes Salt tinha me vendido o ticket. Parecia óbvio que o pobre diabo era incapaz de tomar uma providência. Mal conseguia uma informação nesse lugar perdido, sem telefone ou rádio(!), e o pior, sem a menor iniciativa da sua parte para tentar saber a origem do problema e encontrar uma solução, como conseguir  acomodação para nós em algum dos outros ônibus que aos poucos iam chegando.
O tempo foi passando e finalmente, graças a inciativa de Noémie, que foi falar com um policial para pedir informações e tentar negociar a instalação de Julien, que estava muito fraco, dentro da cabine de polícia, conseguimos lugar em uma outra van, mediante pagamento de nova passagem. Com Julien doente e sem perspectiva da chegada do nosso tranporte, era isso ou voltar para Uyuni, pois parecia loucura ficar ali.
E assim, deixamos a Bolívia numa van que levava 5 outros brasileiros e dois Bolivianos.
Ah, como meu passaporte já tinha sido carimbado em Uyuni (cf Delinquente no dia 17 de setembro) com a saída , nem precisei olhar para os oficiais bolivianos.

Hasta la vista Bolivia! Próxima parada, Chile.

Delinquente

17 septembre 2010 Laisser un commentaire

Quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Depois de trocar uns reaizinhos por Bolivianos, fui até o escritório da Andes Salt Tours ainda sem acreditar de verdade que todo o meu animus pechinchatorius tinha resultado em algo e que na verdade eu não tinha entrado na maior roubada.

Com surpresa encontrei a figura sorridente de Carlos,  o agente, que me orientou a procurar o ofício das migrações para carimbar meu passaporte com a saída da Bolívia.

Lá o primeiro momento ruim …A ROUBADA. O oficial, ao perceber que eu não tinha carimbo de entrada declarou solenemente que eu tinha cometido o sério delito de evasão de fronteira  (isso mesmo, não de invasão) e que sofreria a aplicação de uma multa-dia. Mais pela forma, que com a alguma ilusão de transformar a situação,  ainda tentei argumentar, mas o homem da ordem insistiu que cabia a mim, uma vez que na fronteira não tinha sido controlada, procurar o ofício de migrações em Santa Cruz para regularizar a minha situação. Sentindo-me a  própria estrangeira em situação irregular, tive de reconhecer minha condição de culpada e desembolsar uns bolivianos. Pedi um recibo, para comprovar a minha culpabilidade e nunca mais esquecer de pedir para carimbarem o meu passaporte.

Obs> O Brasil é signatário de acordos de residência mercosul, Bolívia e Chile. Os brasileiros podem requerer residência em qualquer dos estados signatários do Acordo, independentemente de estarem em situação migratória regular oou irregular. Aqueles em situação irregular ficam isentos de multas ou outras sanções administrativas relativas à sua situação migratória… e aí José?

 

a prova...

É claro que rapidamente foram providenciados dois carimbos no meu passaporte… um de entrada no dia 6 de setembro e outro de saída no dia 17 de setembro. Ambos no dia 15 de setembro! Definitivamente tenho de reconhecer que papel suporta muita coisa, inclusive ficções desse tipo. Eu queria a cena surreal de ser controlada no dia seguinte…ainda em território Bolliviano.

a realidade e a ficção...

PS: nem só a Neco e a Pacha vivem aventuras assim!

Catégories :Bolivia, Détours Étiquettes : , , ,

Paceña es cerveza

6 septembre 2010 Laisser un commentaire

Bon, pas la peine de chercher un taxi pas arnaqueur à la gare routière de Corumbá , il y en a pas! C’est une vrai association de malfaiteurs. On demande R$30 (US17 env) pour un trajet de 8 km, de la gare jusqu’au contrôle frontière brésilien.

Je me suis arrêtée au contrôle pour faire une déclaration de sortie des biens pour l’ordi et l’appareil photo, histoire de ne pas me faire embrouiller  en rentrant au Brésil.

J’ai eu affaire à un rare spécimen…l’archétype du douanier con (est-ce un pléonasme?), qui regardait le formulaire comme s’il le voyait pour la toute première fois de sa vie… bon, ça se trouve c’était bien la première fois..

Deuxième constatation. Le poste de la police des frontières se trouve maintenant à la frontière… et non plus à la gare de Corumbá, ce qui est logique.  Mais il y a toujours un guichet à la gare, avec les heures d’ouverture… et pas de panneau pour indiquer le changement. On se moque bien des gens.

Bon, j’ai tout  de même réussi à passer sur le sol bolivien à pied , sans contrôle, donc sans payer quoi que ce soit aux policiers boliviens.

Je suis maintenant à Puerto Quijarro, dans une lan house pourrie devant la gare.

gare de Puerto Quijarro

Comme bruit de fond il y a un remixage d’une chanson des années 90  qui dit a kiss is still a kiss in Casablanca (je crois qu’à l’origine c’était Ace of Base, ou alors c’est Ace of Base mixé…). J’ai acheté le dernier billet disponible en classe pullman et mon train part bientôt.

Contre les exhortations de Neco j’ai fait un petit encas constitué d’une tasse de thé et deux empanadas.