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Sucre

9 septembre 2010 4 commentaires

Até esta manhã , Sucre era a minha cidade boliviana preferida. Menos de três horas na cidade e ela já faz parte de uma categoria de lugares mágicos, o que me forçou a uma visita até o cyber mais próximo em tempo recorde para compartilhar…

Tudo bem, foram 18 horas na última fileira num ônibus vagabundo, apesar de « cama ». No assento da janela ao meu lado sentou uma moça simpática sem ser invasiva, que tinha a mesma intenção que eu: dormir durante todo o trajeto. Só não alcancei meu objetivo porque antes mesmo de deixarmos o perimetro urbano, sentou no corredor ao meu lado um tipo estranho e calado, que há muito necessitava de banho.

A viagem foi mais ou menos tranquila, embora o ônibus tenha apresentado uns problemas e parado algumas vezes. Tive a impressão que o motorista era adepto da « banguela  » e eu prefiro minha descida de serra sem emoção.

Numa das paradas, conversei com uma freira que trabalha no Beni (região que é o paraíso tropical boliviano) e que me informou que no sábado tem a festa da entrada da virgem de Guadalupe em Sucre. Comecei a pensar que fiz besteira em não reservar hotel.

Bom, desembarquei e fui até ao serviço de informações turísticas pegar um mapa. Decidi caminhar do terminal até a rua onde sabia ter uns alojamientos. Cheguei no Alojamiento La Plata (calle Ravelo), o mesmo onde ficamos em 2002, e o simpático Leo me informou que teria uma matrimonial para mim a partir das 15 h. Deixei a mochila e fui  direto comer meu tardio desayuno… as tão esperadas salteñas d’El Patio.

o patio da Salteñeria El Patio

Valeu a espera, porque o lugar é genial e as salteñas tão fantásticas quanto eu recordava.

sim, eu comi duas salteñas e um suco de lima

É preciso dizer ao noviço qué las salteñas se comen en la mañana, nunca pasado el mediodía.

Com o estômago cheio fui rever o o Museo Textil, que tem os tecidos mais lindos Jalq’a e Tarabuco.

Ao sair caminhado sem rumo pela rua, entrei na calle Avaroa… no outro lado da rua havia duas mulheres conversando em frente ao Instituto Goethe. Quando cruzo a rua, olho uma das mulheres e penso o quanto ela me lembra a Fabby, a boliviana que conheci no trem da morte em 2002. Chego mais perto e ela me olha e diz meu nome, entre pergunta e exclamaçao!!! Era ela, que passou 6 anos em Barcelona e voltou a Sucre em maio. Advogada, ela trabalha em uma universidade em um projeto sobre autonomia. Mostrou-me seu escritório na universidade e fomos tomar um sorvete… Mais tarde vamos a uma festa!

Fabby

Sucre promete.