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Andanças por Santiago

28 septembre 2010 Laisser un commentaire

Cheguei em Santiago no fim da tarde de sexta, o que, de cara, arruinou meus planos de encontrar uns conhecidos que eu tinha de contatar em horário de trabalho. Graças à indicação de uma moça que viajou ao meu lado no ônibus, não desci na estação San Borja, mas no metrô Pajaritos. Viagem de 30 minutos até a estación  Los Leones, e estava em Providência, a poucos metros do apart-hotel onde queria ficar.

Infelizmente, eu pensara muitas vezes em escrever ou ligar para fazer reserva no apart que fica na Santa Magdalena, mas não tomara nenhuma ação mais efetiva! E, ao chegar ao hotel, descobri que só havia vagas a partir do dia seguinte, apesar de toda a solicitude de don Eduardo em tentar me conseguir uma vaga lá ou em um hotel da rede. Reservei para o dia seguinte e aceitei a proposta de deixar minha mochila lá enquanto  buscava um lugar para ficar naquela primeira noite. Lembrei de um hostal que eu tinha pesquisado, que não ficava longe. Saí caminhando e, a duas quadras, encontrei um outro apart-hotel, com um apartamento livre.  Mais barato que o outro, e maior. Ufa !!! Voltei correndo buscar minha mochila.

luxo só!

A minha estratégia em Santiago era conhecer o máximo caminhando. Nem fiz muito caso de museus ou monumentos em particular, que abundam na capital chilena. Desprezei também a indicação de ver a troca da guarda na Plaza de Armas, porque a semana da pátria já tinha usado  a minha cota de demostrações militares e patrióticas… e ainda restava a decoração em toda parte.

A minha proposta era ver as ruas, a cara do povo, o movimento. Mantive alguns  pontos que  sempre figuram na minha lista quando visito alguma cidade: um mercado ou feira livre, uma livraria (se puder ser um sebo melhor), um lugar para tomar um café ou a bebida quente que o povo tomar (na Bolívia, por exemplo, mais vale a manzanilla que o café). Também adoro ir a um salão de beleza, se possível para cortar o cabelo, e dar uma olhada em algum supermercado. As más-línguas dizem que esse último hábito eu obtive com a convivência com o movimento de donas de casa, mas eu desminto, tenho isso há muito tempo.

Perambulei muito. Vi o mercado muncipal, que todos me diziam meio sem interesse, e que é lotado de restaurantes com comida típica. Depois dos excessos de Tongoy, achei melhor maneirar na dieta…então fiqui só olhando os cardápios e mostruários com Centolla, e diversos peixes e mariscos.  Foi difícil resistir. Se tivesse companhia, acho que teria sucumbido ao apelo da centolla.

uma das alamedas do Mercado Municipal

a clássica do Mercado

Muito mais pitoresco, e para mim interessante, é o mercado popular Tirso de Molina , a uns 200 metros do municipal, e que tem frutas e verduras. Já que estava num apart, com possibilidade de cozinhar, foi lá que comprei tomates, palta (abacate), frutilla (morangos) e peras.

Tampouco resisti ao turístico passeio de funicular.

o funicular!

Duas pessoas me recomendaram o zoológico, mas eu costumo achar meio deprimente os animais enjaulados, embora não nutra nenhuma afeição particular por animais. Na verdade, há tempos superei a vergonha de dizer que os prefiro em desenho animado (isso é particularmente válido para gatos e cães, com exceção do Shiraz e do Tobi).

O lugar estava apinhado. O céu com uma poluição digna de São Paulo não contribuía para as fotos panorâmicas… o amanhecer e o entardecer devem ser espetaculares.

o smog é visível

a cidade aos meus pés

O bônus no caso do funicular do Cerro San Cristóbal é a possibilidade de se descer por um caminho muito lindo. Também é possível subir pelo caminho, mas só descobri depois. A intenção de descer caminhando foi o que me impediu de esperar o pôr-do-sol lá em cima.

o início do caminho

o caminho!

espinhos no caminho

Ao sair do parque, um choque de realidade ao ver as antenas de tv  e os prédios da Santiago moderna.

as torres de Vitacura no fim de tarde