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Flashback

18 septembre 2010 Laisser un commentaire

Antes de continuar com o relato de Uyuni a San Pedro, aproveito a conexão honesta para colocar umas fotos das pessoas de Sucre, porque ontem recebi uma foto minha tomada por um dos amigos de Fabby.

na festa (foto de Lucio Nesta)

Fotos do fim de noite em Sucre, após a festa da Virgen. Happy Hour (duas bebidas pelo preço de uma depois das 10 da noite!) no Florin. Chufflay, vinho e mojito…

Fabby e Arantxa

Fabby e Arantxa

Juan Ramón

Lucio

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Dizer adeus é difícil

14 septembre 2010 Laisser un commentaire

Parti de Sucre com o coração apertado, sem me despedir de Fabby, que finalmente não foi ao almoço porque não estava bem. O que significa que eu almocei com os seus amigos, Arantzazu, Marion, Lucio, Sara, Maria Luisa, Riccardo, Laura e Ninosca, que amavelmente me convidaram, tendo me conhecido há dois dias apenas. Depois de um almoço fantástico, saí correndo da casa de Arantxa para pegar o ônibus.

a anfitriã Arantxa

Parecia que toda a cidade estava no terminal ou a caminho do terminal. Apenas uma flota ainda tinha lugares, no micro das 17h30.

Foi super engraçado, porque, como o terminal estava lotado, veio um policial me dizer para tomar cuidado com a minha mochila, e verificar bem que ela tinha sido colocada no ônibus, porque no dia anterior duas pessoas tinham tido a bagagem furtada.

Num momento de espera do ônibus, uma epifânia! Trago a prova da origem dos ônibus bolivianos… o que explica sua condição precária.

a javes chama isso de "prova"

Eu quero voltar a Sucre!

Dormi pelo menos 2h30 das 3h30 que durou o trajeto, em parte graças ao Dramin, mas com certeza a noite curta e bem regada também ajudou.

Cheguei em Potosi, no recém inaugurado Terminal, e tomei um taxi para o centro. Tinha pedido a indicação de um hostal a Arantzazu, mas quando cheguei era um hotel 3 estrelas. Quase dez da noite do domingo e sai pelas ruas de Potosí buscando um lugar para ficar… pedi indicações a um policial e completamente por acaso consegui chegar na Casona. Uma grande casa colonial, amarela, com aquecimento central e água quente, confortos muito apreciados no frio de Potosi. Além de conexao wi-fi (lenta como se pode imaginar, mas já incluída, youpiii)

escada da Casona

É,  a Villa Imperial  está a 4000 m. É difícil respirar, tem de se atentar para o soroche ( o mal da montanha).

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La virgen de Guadalupe bis – ou como Sucre comemora o 11 de setembro

12 septembre 2010 2 commentaires

11 de setembro…Era aniversário da Pachamama e do Leo, ambos no Rio. Comemorei como se deve entre Tinkus, Morenadas e diabladas.

Como boa visitante, declarei para a rádio local que « a entrada da virgen era mais linda que o carnaval do Brasil « . Nessa hora pensei bem forte no desfile das agremiações alencarinas lá na Domingos Olímpio, e tive convicção de que não faltei com a verdade.

No fim da noite já estava um pouco cansada do ritmo (para quem falta ouvido musical, sou até exigente), embora umas canções tenham causado furor na multidão como a que dizia no quiero más enamorarme para sufrir … (vou checar a letra exata com os locais e retifico).

Bom, algumas poucas imagens da tarde e da noite, que vai demorar um monte para carregar!

Caporales

Tinkus

Señorial

feiticeiro? diabo?

bailarino mascando coca

detalhe da roupa do bailarino

Depois das diabladas, prostar-se diante da Virgen

É necessário dizer que as festas mostram claramente a diferença de classes… Afinal, quem pode pagar Us$500 para uma fantasia. Em Sucre,  vê-se bem quem pode. E as fantasias vão se distanciando dos trajes típicos autênticos.

Conversei com gente que já viu, e dançou, em outras festas, como o carnaval de Oruro e a São Bartolomeu de Potosi, que são festas mais populares, menos burguesas.

O fim de noite foi internacional, entre bolivianos, italianos, espanhóis, bascos e brasileira! O mojito de ontem e um convite para o almoço hoje me fizeram desistir de Tarabuco. Estou no processo de auto-convencimento de que é ultra-turístico e que eu não encontraria nada ali… aí vence também a minha lógica de que as pessoas são mais importantes que os lugares. Escolho ficar com as pessoas antes de deixar Sucre.

La virgen de Guadalupe

11 septembre 2010 2 commentaires

hmm, essas eu não lembro de onde são

meninos de Tarabuco

orgulhosas mamas de Tarabuco

dançarinos e músicos... de Tarabuco

pé de dançarino de Tarabuco

outras mães orgulhosas

dançarina

depois de dançar, mirar e apreciar o resto da festa..

fora de contexto, eu não saberia dizer a nacionalidade

beldaddes sucrenses vestidas a caráter para a festa

a noite em vermelho e negro

e a festa continua pela noite

e encontro uma prima da Nêga perdida na multidão

imagens carregadas ao som de hard rock em uma lan house da Calle Junín (minha preferida). Agora que a luz está melhor, volto para a festa, que segundo o rapaz do alojaminto, deve durar até 3 da manha. Haja fé!

Amanha mercado de Tarabuco e bus para Potosí!

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Flanando

11 septembre 2010 2 commentaires

Faculdade de Direito, Universidad de Sucre

praça perto da Igreja F. Nery

detalhe Catedral

fachada Catedral

alojamiento San José, calle Ravelo

Sucre está repleta de postos de chamadas telefônicas,  cyber cafés, lan houses. A maior parte oferece computadores velhos e conexão lentas. Em muitos não há skype.  Vi cyber de todo tamanho, estou agora em uma lan house  com cem máquinas. O público é essencialmente masculino e jovem.

Nas paredes há cartazes com os dizeres:

« PROHIBIDO Abrir páginas pornográficas, caso contrário nos veremos obligados a cerrar la máquina. ¡Por favor no reclame!!! »

Apesar disso, tenho certeza que um garoto de uns 14 anos sentado a três máquinas não deve estar fazer tarefa de casa, tendo em vista o olhar fixo na tela e o gesto peculiar da mão (que chega a bater na mesa).

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mais de Sucre

10 septembre 2010 Laisser un commentaire

É claro que só ontem me dei conta  que a festa da Virgem de Guadalupe é a festa tradicional/folclórica/religiosa da cidade… por isso a cidade está cheia e os hotéis completos. Hoje à tarde  e amanhã de manhã há os desfiles dos grupos tradicionais.

Corro o risco de, em breve , transformar isso aqui num relatório sem fim do que comi ou bebi… mas comida e bebida são partes muito importante de uma civilização, e umas das poucas que se consegue compartilhar em pouco tempo. É claro que meu dia, então, é marcado pela preocupação do que comer e onde. E apesar de todas as advertências não posso deixar de lado meu carinho especial pelo comedor do mercado … Então, é lá que comecei o dia com uma salada de frutas da qual não tenho provas. A  menos que ela produza resultados indesejados.

seção de sucos do mercado

Caminhei, vaguei, flanei.

limpeza pública

Quando resolvi que era hora de fazer uma segunda prova da maravilhosa salteña do Patio era tarde demais… eles só abrem das 8 ao meio-dia, e minha fome à uma da tarde era,  então.  intempestiva. Não me deixei abater e resolvi testar a concorrência. Logo ali ao lado, na Salteñeria Flores, que anuncia 60 anos de tradição… ufa! Estavam fechando e peguei as duas últimas, de carne, mas nessa hora nem dava para dar uma de difícil!

Para completar, resolvi encarar a tradicional papaya Salvietti, refrigerante de papaya (!!!!) que representa para Sucre  o  que guaraná Jesus é para o Maranhão.

salteña e papaya Salvietti

Partindo da boa-fé, tenho de acreditar que contém papaya, porque o rótulo é dos mais obscuros e não contém a mínima informação.

O que o povo da defesa do consumidor da Bolívia anda fazendo? Bom, parece que tem muito mais coisa a fazer nesse tema, mas  direito à informação é direito à informação.
Confesso que prefiro a do El Patio. Ou talvez eu deva tentar mais uma antes de decidir! E para registro, continuo achando que só dois refrigerantes valem a pena ser bebidos: Orangina e ginger ale. O resto, é o resto.

Fui então apreciar o início das apresentações dos grupos tradicionais…
O Senhorial Intocables é impagável, com umas letras jocosas e uns cobres magníficos!

Señorial Intocables

haja fôlego

ouf...

o melhor de todos era a Tuba

que soy intocable

Os sucrenses não pareciam muito interessados. Fora uma dúzia de turistas com câmeras e uma penca de militares,  o espaço parecia mais disputado por vendedores de alguma coisa que pelos « populares ». Melhor para mim, que multidão não é comigo. Duvido que na entrada da virgem, amanhã seja a mesma coisa. Tenho a impressão que todos estão se preparando para isso, porque as ruas ao redor da catedral estão um tanto vazias.

tranças populares... aguardando o espetáculo

banca de artigos religiosos

Queria por mais umas fotos, mas esse café está muito lento. Fica para outra vez.

Sucre

9 septembre 2010 4 commentaires

Até esta manhã , Sucre era a minha cidade boliviana preferida. Menos de três horas na cidade e ela já faz parte de uma categoria de lugares mágicos, o que me forçou a uma visita até o cyber mais próximo em tempo recorde para compartilhar…

Tudo bem, foram 18 horas na última fileira num ônibus vagabundo, apesar de « cama ». No assento da janela ao meu lado sentou uma moça simpática sem ser invasiva, que tinha a mesma intenção que eu: dormir durante todo o trajeto. Só não alcancei meu objetivo porque antes mesmo de deixarmos o perimetro urbano, sentou no corredor ao meu lado um tipo estranho e calado, que há muito necessitava de banho.

A viagem foi mais ou menos tranquila, embora o ônibus tenha apresentado uns problemas e parado algumas vezes. Tive a impressão que o motorista era adepto da « banguela  » e eu prefiro minha descida de serra sem emoção.

Numa das paradas, conversei com uma freira que trabalha no Beni (região que é o paraíso tropical boliviano) e que me informou que no sábado tem a festa da entrada da virgem de Guadalupe em Sucre. Comecei a pensar que fiz besteira em não reservar hotel.

Bom, desembarquei e fui até ao serviço de informações turísticas pegar um mapa. Decidi caminhar do terminal até a rua onde sabia ter uns alojamientos. Cheguei no Alojamiento La Plata (calle Ravelo), o mesmo onde ficamos em 2002, e o simpático Leo me informou que teria uma matrimonial para mim a partir das 15 h. Deixei a mochila e fui  direto comer meu tardio desayuno… as tão esperadas salteñas d’El Patio.

o patio da Salteñeria El Patio

Valeu a espera, porque o lugar é genial e as salteñas tão fantásticas quanto eu recordava.

sim, eu comi duas salteñas e um suco de lima

É preciso dizer ao noviço qué las salteñas se comen en la mañana, nunca pasado el mediodía.

Com o estômago cheio fui rever o o Museo Textil, que tem os tecidos mais lindos Jalq’a e Tarabuco.

Ao sair caminhado sem rumo pela rua, entrei na calle Avaroa… no outro lado da rua havia duas mulheres conversando em frente ao Instituto Goethe. Quando cruzo a rua, olho uma das mulheres e penso o quanto ela me lembra a Fabby, a boliviana que conheci no trem da morte em 2002. Chego mais perto e ela me olha e diz meu nome, entre pergunta e exclamaçao!!! Era ela, que passou 6 anos em Barcelona e voltou a Sucre em maio. Advogada, ela trabalha em uma universidade em um projeto sobre autonomia. Mostrou-me seu escritório na universidade e fomos tomar um sorvete… Mais tarde vamos a uma festa!

Fabby

Sucre promete.